quinta-feira, 16 de março de 2017

Precisamos conversar sobre depressão...

 Se alguém me perguntasse se eu era feliz a cinco anos atrás eu responderia: Claro! Porque não?
Hoje, eu já nem sei quem eu sou.

Qual foi a ultima vez que você sondou seus pensamentos? Sentou num lugar tranquilo e fechou os olhos pra ouvir os passarinhos? Pois é. Pra mim fechar os olhos é uma tarefa que trás panico.

Sabe aquelas qualidades e defeitos que a gente tem que listar durante um processo seletivo ou uma entrevista de emprego? Hoje eu não saberia listar nenhum deles.

Outro dia eu me peguei tentando entender o que aconteceu com meu psicológico. Sabe aquelas pessoas que tem inúmeros talentos? Pois então. Prazer... quando eu era uma pessoa normal eu sabia ler, e escrever muito bem. Gostava de desenhar, e colorir. Sabia cozinhar. Gostava de estar rodeada de gente e olhava sempre as pessoas nos olhos. Aprendia a maquiar com mais ou menos uns 12 anos. E amava o mundo da fotografia. Era boa em ter longas conversas e ótima conselheira. Eu tinha pró atividade, e boa dicção. Gostava de falar em publico e algumas vezes cheguei a dar mini aulas de como melhorar a oratória pra alguns amigos.

Só que ai eu me perdi. Eu parei de acreditar que eu soubesse fazer alguma coisa e comecei a me sentir inútil. Muita coisa aconteceu pra que eu começasse a me sentir assim...A pressão da sociedade pra que eu me formasse, o ódio constante pelo curso que eu fazia, o abandono da família, um namoro mal resolvido, minha incapacidade de lidar com deslealdade, o perfeccionismo pra fazer as coisas corretamente, a falta iminente de dinheiro e claro o tempo.

Vou te contar uma coisa que talvez te choque profundamente, eu, assim como a maioria, não sou triste o tempo inteiro. Em muiiitos momentos acabo esquecendo as dores que se passam pela minha mente e pelo meu coração e me divirto...Principalmente com as pessoas que eu gosto.

Mas ai que está... Com o tempo, eu que sempre fui de muito amigos, perdi a capacidade de gostar de muitas pessoas ao mesmo tempo. Parece entranho? E é? Sabe quando está aquele monte de amiguinhos da gente e que a gente adora todos eles? Eu não! O tempo me tornou incapaz de lidar com inúmeras pessoas ao mesmo tempo, e me fechou pra elas.

Com os dias passando, fui percebendo que um conselho era cada vez mais eminente: reza! as pessoas quando não sabem o que fazer, ou o que dizer te mandam ser forte. Porque não conhecem o plastico bolha invisível que teima em te apertar e te sufocar. E quando seja forte não é mais o caso, pq obviamente uma pessoa doente não quer ser forte, elas dizem: Reze! Acredite em Deus. Vá a missa. E sabe o que acontece quando você volta dessa missa e se encontra sozinha de novo? Dá vontade de morrer... Porque ate Deus te abandonou!

Vou te contar porque não é todo mundo que se mata, quando passa por uma crise muito forte de angustia com a vida: Porque pra se matar você precisa ter Coragem! E tem dias gente, que me falta animo pra levantar da cama.

Não é fácil. Nunca é! Não é por mim, é pelos seus que se encontram em situação parecida, procuro orientação... Pergunte pra um profissional o que fazer pra lidar com pessoas com esse tipo de problema. Porque chega num ponto gente, que a gente desaprende até o próprio nome, e o atoleiro é tão fundo, que não pra sair sozinho.

Fiz uma pesquisa rápida na internet outro dia e descobri números assustadores: 39% dos suicídios são cometidos por jovens, que davam sinais, que foram ignorados e 80% da população acha que quem avisa, não tem coragem. Fora os inúmeros envolvimentos em drogas nesse tipo de situação.

Você já sondou seus próprios pensamentos hoje? Você já se perguntou se aquele seu amigo que tem estado muito baixo astral não precisa de ajuda? Você já cogitou a hipótese de levar seu filho a um profissional qualificado?

 Não? Vai esperar virar noticias ou estatística?

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Seja capaz de amar mesmo que...



De onde vem esse medo de amar absurdo? De onde surgiu tanta gente vazia e sem graça? Pq as pessoas perderam a capacidade de amar de forma completa?

Me perco num mundo onde é necessário amar e ser amado, tão insistentemente que existe a incapacidade de ser "quem ama mais".O mundo virou uma competição. Se você se der demais você esta sendo ridículo, se você demonstrar demais, Deus me livre, será ridicularizado. Adultos perderam a capacidade de se sentirem ridículos como adolescentes. Ridiculamente feliz com a presença, incrivelmente confuso com a ausência. As pessoas perderam a capacidade de ter o coração disparado. Aquela sensação de mãos suarem e os olhos se iluminarem. Alias, coração? o que é isso? As pessoas perderam a capacidade de acreditar no que sentem. E começaram a considerar tudo impossível, por não acontecer no momento que querem.
Me desculpe o mundo. Jamais criticaria se fosse pré estabelecido que ser superficial é o padrão. Não! Tudo bem. Serio! Só não me obrigue a ser assim! Eu prefiro ser de verdade. A reconhecer o timbre da voz em qualquer lugar do mundo. A ter as pernas bambas e o coração saltando pela boca. A conhecer todos os detalhes, mesmo que mínimos. Pq eu aprendi a amar foi assim. E o amor tem que ser do bem. Ter que fazer parte de quem você é por inteiro. Tem que vir de dentro pra fora. Tem que estar dentro de você, e não dos outros. Pq toda a vez que eu fechar os olhos, aquele filme bonito vai passar pela minha cabeça. Ainda vai vir no pensamento aquele sorriso incrível. O cheiro será reconhecido em qualquer lugar. Ainda vai dar vontade de cantar, de rir alto e o corpo ainda alarmará sobre a proximidade. Pq na minha vida, o que eu desejo, é que " até quem me vê lendo o jornal sabe que eu encontrei você!", mesmo que o você mude com o tempo! Um pouco de loucura, num mundo pateticamente são e chato.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tu és infinitamente responsável por aquilo que cativas....

Em algum momento da noite eu acordo assustada, tive um sonho ruim e já sei que não vou conseguir dormir. Aquele zumbido insistente ainda continua a perturbar toda minha existência, e a palavra que ele forma é ainda mais inquietante: Porquê?
Sigo lembrando essas coisas que eu não deveria lembrar, e me deparo com um você muito chateado reclamando que eu nunca sou carinhosa. Acho graça, pois você, em sua grande inocência, nunca conseguiu perceber todos os meus gestos de carinho. Pra você carinho é tudo feito com as mãos, e isso eu não tenho paciência. Sou mais daquelas que demonstra afeto em ações, como nas inúmeras vezes em que ao cozinhar algo gostoso ficava infinitos minutos te olhando comer, com a melhor cara do mundo. Você também não sabe, mas muitas vezes acordava a noite pra te ver dormindo, parecia muito relaxado e com um pequeno sorriso nos lábios que indicava estar exatamente onde queria estar. Sigo adiante e me lembro de como era fácil passar 25 horas com você sem parar, e ainda assim ser difícil de se despedir. Me dá um aperto no peito assim que me lembro dos seus olhos arregalados e da respiração entrecortada por causa da minha "cara de doida" perto demais de você, enquanto eu acho graça e rio. Ou da sua voz rouca assentuando desnecessariamente o apelido carinhoso do qual você me chamava, e me dou conta de que não me lembro de você me chamar pelo nome. Ou então, naquela vez que pintei a unha de uma cor que detesto só pra te agradar. Essa última lembrança agora tem um gosto amargo da generalização, mas logo passa.
Por fim me deparo com as fotos de um nós dois muito relaxados, e faço uma inquietante descoberta: ali, no lampejo dessas fotografias as duas da manhã descubro que seus olhos também brilhavam. Ainda bem! Reprimo todos os pensamentos e deixo a última lágrima rolar.
Você passou como um lampejo, mas não foi um furacão... Balançou algumas árvores, espalhou algumas folhas e deixou um certo espaço vazio.
É cherrié, no fim você estava certo, sim, eu tinha medo. Porque dentro de mim, meu sexto sentido gritava que nossos fios desencapados poderiam resultar em grandes curtos circuitos. E eu, que já vi esse filme antes, tive a inteira sensação de que sabia como ia terminar... mero engano, eu não sabia.
Se cada um dá o que tem, espero ter dado minimamente tudo de mim nesse curto espaço de tempo. Analiso e sorrio, penso que não, e me vem uma dose de alívio. Se tu és inteiramente responsável pelo que cativas, espero que também tenha essa sensação de missão cumprida. Você foi exatamente tudo que poderia?
Por fim o sono vem e eu me canso dessa viajem no tempo, fecho a gaveta com todas as lembranças sem medo de parecer ridícula, pois pra ser feliz na vida é necessário ser um pouco ridículo sim... Mas duvido que você consiga tal façanha, pois nunca fará seu tipo, você assim como o EU que você conheceu jamais se arriscaria a tal. Num último lampejo, me vem uma lembrança curiosa, você desviou os olhos todas as ultimas vezes em que nos vimos, e eu nunca sei se isso é bom ou ruim. Faltou coragem? Era ódio? Faltou afeto?
E então eu paro, aquela pressão no peito me faz parar, e mesmo sabendo que não é possível,  desejo nunca mais te ver. Melhor seria poder conviver com todas as certezas e dúvidas, e com a premissa insistente: Porque?

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sobre a poligamia e as facilidades na era do Whatsapp e do Tinder.


"Tudo é questão de fases!" - Já diria minha linda avó, em um de seus muitos minutos de ensinamentos, que eu particularmente adoro. 

Essa mesma avó me perguntou sobre o amor outro dia... E eu não fazia ideia do que responder. 
Como explicar pra uma pessoa de 70 anos que o amor já não existe mais? Que ele foi tomado pela facilidade de não amar, e das mil e umas mensagens - subjetivas ou não - no Whatsapp?
Respondi que ia bem - Bem longe de mim, e todo mundo feliz - Minha vó riu - E eu senti que qualquer outra resposta naquele momento cairia por terra. 

Um dia me dei conta que tinha alguma coisa fora do eixo. Obviamente a bateria do meu celular havia acabado de acabar, e me foram concedidas 02 horas inteiras dessa divina compreensão mundana. Normalmente eu estaria envolvida demais com as teclas do meu Smartphone. Mas ao esperar uma amiga num compromisso importante que fui acompanha-la, me vi pensando nas atuais conjunturas da humanidade.
A verdade é que a humanidade está meio perdida, e não me excluo dessa realidade não.
Três minutos depois que acordo encontro meu celular em algum lugar da minha grande cama. E ai dele não se sucumbir ao meu toque cego, e logo aparecer. Me sinto louca. Tarefa cumprida - a de achar o celular antes mesmo de acordar - Dou uma olhada na tela inicial:
27 Mensagens em 4 conversas no Whatsapp; 02 novos seguidores no Instagram, 03 curtidas naquela foto lindamente editada ontem, 01 conversa no Messenger e 07 novas atualizações no Facebook.
E eu?! Nem abri os olhos decentemente ainda. Coloco uma música e me ponho a destrinchar as atualizações  da minha vida virtual. Que pasmem, hoje em dia, não chega nem aos pés da real. 
Mas então vem alguém inconvenientemente e me pergunta: " Então porque criatura, ao acordar vais direto pro celular?" - Meu jovem, não é obvio? O começo de tudo se dá nas facilidades de comunicar com o Mundo inteirinho. Depois de todos os Bons Dias, e daqueles emoticons fofos, que facilitam tanto a minha melhor expressão de sentimentos para/com a humanidade, depois de responder os recadinhos, curtir os melhores looks do dia e programar todo o cronograma, já estou pronta pra acordar de fato, e enfrentar o mundo real.
Você já se sentiu na "fase" de precisar de muitos bons dias para completar o sorriso? E de copiar e colar aquela mensagem positiva e propagar o amor por ai? Meu amigo, eis o mundo que me encontro. Na verdade, sou apenas uma garota perdida nesse avalanche de sentimentos em forma de corações coloridos e carinhas felizes, na tela touch screen desse aparelhinho infernal. E não querendo me vitimar demais diante dos fatos, me declaro vítima do sistema.
Porque poxa, é assim que acontece...Ninguém escolhe ficar perdido atras desses botõezinhos, que nem são botõezinhos mais, de graça não !! É tudo questão de sobrevivência, no planeta dos macacos que se tocam pelas telas de vidro e não se abraçam mais! 
Okay, okay... o que todo esse discurso tem haver com a era Whapzatica e Tindernética? Vou lhe explicar.
Recentemente tive um relacionamento descomunalmente desastroso ( e quem me conhece minimamente, sabe bem disso), e depois de muito apanhar, decidi me libertar. Eis que lembrei, de um papo com um amigo, que nos tempos - longos tempos - de crise me mandou baixar um aplicativo chamado Tinder...E eu, que tava ali precisando de acalento, rsrs, e tinha Wifi liberado, não perdi tempo.
 Numa terça feira - porque terça feira é um dia horroroso, por estar longe demais do fim de semana e perto demais da segunda feira - desci de fato baixar aquele negocio. E a coisa me acometeu. Nos encontramos, o Tinder e eu...Em meados, viciei...
Criei um perfil, escolhi bem as frases pra não dar a ideia errônea de desesperada por um novo relacionamento - porque Deus me livre, sucumbir a essa tortura de me enganar novamentente pelos próximos 80 anos - e não querendo ainda parecer desesperada por sexo - porque eu não tava mesmo, obrigada por perguntar- como mais tarde meus amiguinhos tinderneticos viriam a me relatar ser comum com as pobres usuárias dessa ferramenta, mas tentando ser uma pessoa normal em meio a selva, fiz tudo o que o app necessitava e comecei a curtir.
Resumindo a minha vida útil no Tinder ( a mesma que interrompi por um tempo, por falta de tempo em controlar o fluxo): Tenho 195 combinações ( Em 02 meses e 08 dias de uso), 15 novos contatos no celular (daqueles 195), 03 potenciais Tinder-Principes no whatsapp e 01 amor platônico, pelo qual eu não sou apaixonada e sinto nada menos, nada mais que platonicidade  pelo sotaque paulista que me é de cair o queixo, e ponto. Resumidamente é isso. Sim meus objetivos foram plenamente alcançados nesse app. Até porque eles eram bem simples e pouco complexos, se resumindo a sair do meu ciclo social e me distrair enquanto o tempo se encarregava de passar a cola Super Bonder coração afora e limpar o recinto.
Devo ainda ressaltar, correndo o risco que se cansem, mas mesmo assim. Na minha vida real ainda, há um ser humano muito iluminado, que até o presente momento, compartilha a mesma filosofia ( e fase ) que eu, de não esperar nada, e não se doar além do suficiente, e temos um borogodó, erroneamente mais uma vez, nomeado pelos leigos-loucos de relacionamento aberto.
Me julguem !! Mas não se esqueçam, vai acontecer com você. Sim eu já amei como uma pessoa normal. Não amo mais...E isso não faz de mim uma péssima pessoa. Jamais.
A verdade toda é que hoje em dia está cada vez mais impossível amar uma pessoa só. Unica e exclusivamente por ter se tornado fácil demais amar todas, ou várias ao mesmo tempo.
Prestando a devida atenção, ouço relatos por ai, de que as relações monogâmicas estão com os dias contados. Acreditem em mim, também acho uma pena... Mas não há muito o que fazer. 
Portanto, sem delongas, e sem um final óbvio para essa situação desorientada, já tendo estourado meu número de palavras, deixo apenas um conselho: Se queres ser feliz nos próximos dias de sua vida Providencie seu smartphone, petrifique seu coração e entre na festa. E boa sorte nessa nova jornada!


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Desabafo: Contra a falta de originalidade e a protocolização do amor.



Eu nunca fui contra o amor. Mas algumas formas de amor sempre me assustaram mais que outras. E foi então que eu conheci um tipo de relacionamento completamente novo: O que segue um roteiro.
Pelo amor de Deus, alguém me explica porque motivo alguém protocolaria um relacionamento? “Vou aos mesmos lugares, digo as mesmas coisas, faço as mesmas viagens, frequento os mesmo restaurantes, sigo a mesma ordem cronológica e pronto. E esta escrito  roteiro do meu filme. Tudo que eu tenho a fazer é recriar o enredo com outros elencos. E está ótimo. Ai os apelidos podem ser iguais e não corremos o risco de ter erros de gravação por falha. O sexo é igual. As trilhas sonoras são iguais. O garçom na altura do campeonato já sabe meu pedido (e me acha sensacional). As pessoas já estão acostumadas. Minha mãe já deve ter perdido de vista, e se esforçar muito pra lembrar o nome dos personagens da vez. E pronto...Permaneceremos assim nesse mar de repetidos atos calculados, mesmo com uma infinidade de possibilidades diferentes por ai. Mais melhor seguir o roteiro mesmo e ficar por aqui no senso comum.”
Que grande horror !! Sinceramente me parece um filme de terror ruim. De péssimo gosto. Justo eu que odeio filme de terror, e sensos comuns.
Eu jamais poderia roteirizar um relacionamento. Alias, eu sempre fui do tipo de pessoa que mantinha exclusivo até os apelidos carinhosos... Fico até com medo de isso também ter sido protocolado.  Jamais faria qualquer coisa igual, iria nos mesmos lugares, faria as mesmas comidas a luz de velas, se vacilar reutilizando as próprias velas e uma dose de doces palavras de um texto que eu passei a manha inteira decorando. Não, eu realmente não poderia. Me falta capacidade pra tal. Força de vontade de desenhar o mesmo lugar em perspectivas diferentes. Porque na altura do campeonato eu já odeio a paisagem, sob qualquer perspectiva. Odeio a cidadezinha pacata com aquelas casinhas iguais ( o projeto arquitetônico por um acaso é seu?), odeio os restaurantes modinhas, odeio os filmes, as músicas lindas e beeem verdadeiras que falavam mesmo de um tal faz de conta que acaba fatalmente assim, odeio aquele pagode ridículo que virou trilha sonora eu nem sei porque. Odeio tudo que tem você na frase. Porque recordar pra mim é perder tempo, cherrie. E digo mais, se você fosse uma novela mexicana, seria aquela mais vagabunda com o Carlos Eduardo como personagem principal, pra ser bem clichê. Jamais deixaria  fazer novas coisas e escrever novas histórias. Ver um filme novo. E criar nova trilha sonora.
Escandaliza-me a tal postura de protocolar os sentimentos dos outros como marionetes. Sem nem mesmo avisar: “Olha ratinho de laboratório, você gostaria de participar e se afundar na areia movediça que eu criei como filme e te escolhi pra afundar ali?” .Não! Pra quê? Nada num próprio tempo. Nada em outros cenários. Nada de diferente. Tudo igual e etiquetado.
 Me mata, sim, pensar nos gráficos de resultados. Daqueles que a gente costuma fazer em varias amostras pra chegar a uma estimativa. Me aborrece ser numero, ser fatia do seu gráfico de pizza, ser um dado na sua maldita pesquisa. Mas me dá mesmo é pena. E me consolo com o óbvio. Pois no poema mais famoso do mundo, amor, o cientista louco, protocolou tanto que se esqueceu do fim, e acabou sozinho. E agora José?

segunda-feira, 10 de março de 2014

Para a chata internacional mais querida da minha vida: Amanda Rios.



Não encontrei muitas formas de começar esse texto. Lembrar você já me faz pensar em Subway de Frango com Cream Cheese Instantaneamente. E eu fico me perguntando se vou achar mais alguém no mundo que goste tanto daquele sanduíche como nós duas...rsrs’
Você foi um achado. Um daqueles presentes que a gente ganha em eventualidades mais remotas possíveis. 
Uma daquelas almas que a gente conhece, na hora que a gente mais precisa de anjos. Ou melhor, reconhece. É, branca preta... Reconhece porque eu já te conhecia antes.. rsrs’ E só pq os professores daquela Universidade me amam, você não ia com a minha cara. E eu pensava: “ – Menina esquisita essa, nem me conhece e me olha torto.” – Tudo ciúmes. Rsrs’ . Mas a vida reserva pra cada um, uma hora certa pra “bater os santos”,  e você como a pessoa seletiva que é, precisou que te deixassem na Estudantina num sábado a noite, pra “me notar”... Eu me lembro (e dou gargalhada) de vc contando, na chocolateria, do que vc pensou na hora: “Que seja muito foda, se não vou te matar!” - (E se você perguntar hoje em dia, a resposta vai ser: " Eu nunca fiz merda maior do que levantar da mesa aquele dia". rsrsrs ( e eu pude até "ouvir" a resposta na minha cabeça.)
Perdi as contas de quantas vezes a frase: “ Vey, cê é burra?! “ – aqueeeele jargão da Valdirene – Serviu pra nós, mutualmente. E mais ainda, quantas voadoras na cabeça a gente já teve vontade de dar uma na outra pra parar de fazer besteira. Mesmo sabendo o quão inútil isso era. 
Um dia me disseram que era burrice se apegar a melhor amiga do ex namorado, e eu concordei piamente. Mas não pude evitar. Tornou-se minha amiga também. E acho que é reciproco, pq ninguém que não te ame muito, liga da França pro Brasil, só pra saber pq você não atende as outras pessoas.. rsrs’ E mais, ninguém faz um vídeo de Natal, que faz a gente debulhar em lágrimas (Mesmo duas semanas depois), só pq VC estava em lágrimas enquanto falava.
Eu não poderia agradecer cada detalhe de diferença que você fez na minha vida em um único ano. Sou defensora de um lugar vip pra você e a Bolinha no céu, com direito a Open bar, Open food e secador de cabelo. Rsrsrs. (E o tal secador, com difusor, pros cabelos de caixinhos da Lalá)
E antes que eu me estenda demais nesse texto, que não coube no seu face e eu coloquei no blog com muito carinho, eu quero te dizer que eu te desejo não só muuuuitas felicidades , muita paz, muito de tudo daqueles blábláblá que a gente vê nos aniversários. Mas que você vá além ! Além de tudo que você é, de tudo que você acredita, de tudo que você acha que pode ser. Porque te parafraseando (rsrs) : Você MERECE, e merece muito!
Amanda... Sua mãe não podia escolher um nome melhor. Quer dizer aquela que é Amada. E a gente tem... Cada um que já dormiu na sua casa. Que já ficou bêbada com você. E que conhece você um pouquinho, tem... Um amor imenso, pela pessoa linda que você é.
Parabéns Flor ! Muito obrigada por tudo. E volte logo pra nós!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Da premissa do "Dou pra quem quiser, mas não dou pra qualquer um."

Esse dias eu parei para pensar sobre o monte de gente legal que eu ando conhecendo... ( E um monte de gente pela saco também ). Homens e mulheres com muita história pra contar. Mas pouca disposição. Como eu sei que são legais ? Ah meu amigo, de legal e louco todo mundo tem um pouco. Mulheres e homens. 
Mas de mulheres eu não entendo muito, porque mulher não se intende. E já tem um arquivo de 2.467.888.980 páginas em Marte, num estudo falido dos nosso amigos ET's sobre esses seres malucos.
Falemos dos homens. E desse universo fascinante que me faz não entender NADA sobre eles, porque os homens são um mistério pra mim. 
Outro dia por exemplo, um deles veio me dizer que as mulheres estão muito sem vergonha. E eu fiquei sem entender QUAL ERA O PROBLEMA ?!. Não resisti. Perguntei. Ele respondeu: Elas estão muito safadas, não querem mais um. Querem um monte. Ri muito. Me lembrei de todo o histórico do tal amigo. Era amedrontador. 
Fiquei olhando pra aquela situação e pensando AINDA qual era o problema de ser safada. Porque meu amigo tinha dito SAFADA e não VADIA. Há muita diferença nisso. Particularmente, eu sou uma safada de carteirinha. E ter que me fazer de santa me dá uma raiiva, que você nem vai querer imaginar. 
Me lembrei que esse meu amigo sabia bem disso. E que ele tava era me provocando. Peguei o telefone e liguei pra ele. O Whatsapp que me desculpe, mas ele faz as histórias perderem 90% da graça. Falta entonação. Perguntei logo de cara: Escute aqui seu patife, o que você tem contra as mulheres safadas? . Ele não resistiu. Caiu na gargalhada. Retrucou de cara: Eu me apaixonei por ela, mas ela tinha uma listinha ainda para alcançar. Senti um súbito mal estar. Eu também já tive uma listinha bem grandinha até e desisti dela por um UNICO BABACA. Resultado? Levei uns belos chifres, fiquei solteira e peguei a lista inteira de raiva - Foda-se! - Virei fã da garota automaticamente. A garota não era só safada, era também inteligente.
Passou-se alguns dias, meu amigo desistiu da tal garota.  Melhor pra ele. Homem não sabe lidar com mulher assim. Entrei no Tinder, mesmo sem saco - não tinha nada pra fazer. Me apareceu um rapaz muito do desaforado, e começou a contar potoca na minha cabeça. Disse pra ele angelical como possível , que homem  tinha mania de falar de sexo o tempo todo porque não sabia mais simplesmente conversar. Ele ficou ofendido. Me disse que "entendia que eu tinha sido magoada, mas que tirasse essa magoa do coração." 
Qualquer mulher que se prese sabe que homem usa esse tipo de argumento quando não tem mais nada a argumentar, então pois bem: acertou em cheio, filho! Fui um pouco magoada sim, e depois disso já causei estragos consideráveis em corações de neguim que achava me ter nas mãos...Já tive a sorte de relacionamentos saudáveis... e interações balanceadas com o sexo oposto. 
Sou do tipo de mulher com um lema simples, mas objetivo: "Dou pra quem eu quero, e não dou pra qualquer um". E pode achar o que quiser, e se eu tiver enganada pode me chamar no privado e contra-argumentar, mas não me recordo de ninguém que passou pela minha boca ou pela minha cama uma vez só e não quis voltar. 
Também não aceito esse papo de "você não é pra casar... " Amoooor, eu sei cozinhar, costuro botões e missangas nas minhas roupas, já consertei um fogão, furei todas as paredes da minha casa e apertei uns parafusos formando prateleiras até ajeitadinhas, minha máquina de lavar funciona que é uma beleza, sei fazer absolutamente tudo quando o assunto é "cuidar de mim", nunca tive dor de cabeça (se  que VC ne entende), sei fazer striptease, sismo que sei cantar e ainda sambo, se bobiar até de salto alto .
Então não venha me falar tamanha besteira porque esse papo não cola.
Homem tem medo de mulher que topa ser igual a ele.. Que mata barata, mas que as vezes só pra deixa-lo ser o macho alfa, finge aquele medinho.
Homem que tem medo de mulher segura, criaram a máxima doença do mundo: olha lá é vagabunda...Pois pode se chocar querido, pq sua mãe tambem já foi vagabuToda mulher fii ou tem vontade de ser essa essa ideia horrorosa que a sociedade criou, dentro de si.. No meu dicionário mulher vagabunda é aquela que prejudica a outra, que fica com os namorados das amigas, que da em cima de todo mundo, que se relaciona com homem comprometido.Se pra você fazer o que eu quero tenho que ser chamada assim, pior pro seu preconceito , e não pra mim. 
Por fim, deixo um conselho saudável pra todos os homens que classificam mulher pra casar e pra comer: Se algum dia nós nos encontrarmos, me absorva por favor, pq dessas duas categorias amor, no meu folhetim você não se encaixa em nenhuma!





quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Por falta de nome melhor, chamou de saudade




Tem muito tempo que não saio de casa, o dia pela janela me parece gélido e eu desanimo. Ontem dormi escutando você me dizer pra contar carneirinhos. Em meio ao sorriso nos lábios e os olhos cheios d’água. Deve ser assim que se sente um viciado, privado do próprio vício e das sensações que ele lhe trás. 
Vez em quando sente aquela agonia, a velha e permanente vontade de gritar. O coração vai ficando pequeninho e na garganta existe um nó, que não quer desatar.  Ainda acho que deve ser assim que se sente um viciado. Privado de sentir o efeito que a droga lhe causa.
Você não deu notícias ontem, e o telefone permaneceu sem sinal o dia todo. Pode ser uma interferência Divina, ou mesmo um motivo pra que meus dedos não digitem os números. Se não pega, não adianta.
Fiquei pensando sobre ir pra lá. Talvez fosse bom respirar novos ares e conhecer gente nova. Ver o lado diferente do meu mundo, do qual nunca se teve intenção de participar. Mas alguma coisa dentro de mim se recusa a terminar as malas, e pegar o ônibus para partir.
Troquei todos os móveis do quarto de lugar. Arrumei os cabides e as gavetas. Resolvi pintar a parede, dar vida ao lugar e tornar mais meu. Mas tive a infelicidade de te contar isso e seu desprezo pelo projeto me contagiou. Talvez outro dia.
Tomei banho, lavei os cabelos, fiz as unhas e estou com preguiça de pintar. Na verdade, não há motivos pra isso, pois não há ninguém pra ver e elogiar. Se bem que elogiar nunca foi seu forte, mas você presta atenção em tudo, então provavelmente iria notar. Estive pensando em cortar o cabelo. Mudar a cor e o movimento. Mas isso dá muito trabalho e eu me canso da ideia.
O nó na garganta nem cogitou em desatar, e eu ainda acho que isso deve ser uma espécie de teste de resistência pra ver quanto tempo aguenta um viciado privado do vício, um cego privado dos outros sentidos.
Estive pensando em dar uma chance a ele. Ver o que vai dar e conhecer um mundo diferente. Mas ele é príncipe demais, e ser princesa me consumiria todo o restante de energia que eu ainda tenho. Desanimo novamente.
Pensei em chamar uns amigos pra uma disputa de baralho e um filme com pipoca e brigadeiro. Mas essa maldita dieta corta todas as calorias do programa e os amigos... bom, o primeiro nome que me vem a cabeça se encontra a milhas e milhas daqui, com um oceano no meio. Parece-me impossível.
Fico pensando quando você vai abrir o jogo e me contar que se apaixonou por alguém no meio do caminho. E mais uma vez me dou conta de que abrir o jogo nunca foi seu forte, e que da sua boca, eu nunca vou saber.
Todo mundo decidiu me ligar hoje, mas obviamente eu não quero falar com ninguém. Então só olho visor do celular, numa esperança falida de que lá estejam os oito números que eu gostaria de ver. Mas até agora, nenhum foi. Infelizmente hoje o telefone tem área, e isso é um péssimo sinal.
Acho a minha esperança bonita, embora inútil e autodestrutiva. Não há muito que fazer sobre ela. Então desisto. Vou ver o decimo quinto filme da semana, com a lição do que vi por ultimo na cabeça: “ As coisas mais importantes que você tem na vida, o dinheiro não compra. E não há nada que você possa fazer respeito.”

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A vida em filme: frio, café e ele.



Quem foi você até agora? Qual a sua história ?
O que você sabe sobre a felicidade? Sobre a leveza? Sobre o amor?

O soar suave do piano trás paz, transcende todos os pensamentos e me dá leveza. Mas é só a letra começar, e a vida vira filme. Quantos sorrisos sapecos, sorrisos que dizem bom dia, cabelos bagunçados e abraços apertados? Qual é a magia que tem a praça, numa noite bonita de março? Os abraços diários e matinais, que aquece o dia, que aquece a vida, que aquece a alma. Andar nas pontinhas dos passeios, equilibrada pela mão. O que tem na força do sorriso? O Dançar lento e sem música, enquanto o jantar está no fogo? É madrugada, a voz é bonita, e a única coisa que se ouve é o timbre baixinho. O brilho nos olhos, e a referência com orgulho. O espetáculo a parte do sol. Chico Buarque cantado baixinho ao pé do ouvido. O impacto, o medo e o não poder fugir. E mais sorrisos. É  menininha... A vida é rara ! E há momentos, os raros momentos que você se permite meu bein e que a mente faz da vida filme. 
Cuida dele menina, porque ele tem um jeito único de ver a vida. Com essa cara de bravo e esse jeito marrento de ser. É que por trás dessa cortina de fumaça, e esse jeito de foda-se o mundo. Ele tem o coração mole, é bobo como um menino. Deixa ele se enroscar em você enquanto dorme, acho que ele tem medo que a gente fuja, ou não sei o quê. Ele fala dormindo, e eu espero de verdade, que você não acorde com certas palavras. Ah, não esquece de cobrir as costas o tempo todo , porque ele sente frio, e pode ficar doente. Ele vai te acordar de manha com beijos no cabelo, e quando você menos esperar vai estar brincando de guerrinha com você. Vai te puxar pelas pernas e gritar : "yupi! " e você vai ficar se perguntando se ele tem mesmo a idade que tem, mas vai morrer de rir.
Sabe, a vida perto dele é sempre por um fio, e quando você ficar muito brava, ele vai te mostrar língua e você vai querer rir novamente. Mas não grita, porque ele vai ficar nervoso, se calar e acender um cigarro. Ele não sabe dançar, mas vai te ensinar tanta coisa. É melhor você aproveitar. Aprende a fazer café sem queimar as costas das mãos e garante sempre que a comida seja boa, ele detesta comida ruim. Ah, e goste da mãe dele, porque ela é uma guerreira.
Diz pra ele que ele marcou a minha vida de forma inescapável. E que ainda me deve alguma coisa pra guardar de recordação. Não comete os mesmos erros que eu cometi, e não se descuide, pra que ele não cometa os mesmo erros que cometeu.
Então é isso... Cuida dele pq ele já passou da hora de casar. rsrsrsrs' Mas ele não vai admitir nunca, porque teimoso como é, só enforcando.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

. É o mundo ! E o medo.



Me decepcionei tanto com o amor até hoje, que acabei acreditando que ele clama por arte
 E na vida, nem todo mundo é artista.







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